Depressiva, sufocante e ao mesmo tempo bela. É assim que a autora Carol Teles define a capa do mais novo livro da carreira. Intitulado de "Improváveis Deslizes", a história é sobre ciclos de culpa. Estágios de superação. Na imagem que vende a nova aventura que escreveu, uma garota usando um longo vestido reflete ela mesma numa parede de água. A arte é assinada por Ali Graciotte e traz um pouco do que encontraremos dessa vez.
Sucessor da trilogia romântica "A Mais bela Melodia", o livro chega em volume único. Início, meio e fim contado e pouco mais de 300 páginas. A obra acaba de ser lançada em formato digital na Amazon.
"Trata-se de um New Adult [gênero que traz personagens saindo da adolescência e enfrentando problemas da vida adulta] com uma pegada mais séria", explica. Fazendo uso de referências políticas e crimes, Carol investiu em dois protagonistas com famílias disfuncionais. As problemáticas de cada um vão se entrelaçar entre as narrativas alternadas. "É um livro mais violento, e isso para mim foi o maior desafio. O escrevi em dois anos, tive que parar após o nascimento da minha filha, mas retornei há alguns meses e o finalizei."
Em Improváveis Deslizes, Noah achou a irmã mais nova morta numa piscina quando ainda era apenas um garoto. Filho de um deputado rigoroso e uma mãe esquizofrênica, ele cresce querendo ser um piloto de caça. Mas sua vida é completamente moldada à tragédia da infância. "Noah aproveita as horas extras do dia para ir em busca das pessoas que possam levá-lo até o assassino da irmã. A meta da vida dele é encontrar a pessoa que tirou a coisa mais importante que ele tinha", explica a autora.
Paralelo a isso, temos Zoe, filha da mais nova esposa do pai de Noah. "A menina tem também seus vastos problemas familiares, e acaba sendo um horizonte para ele, algo que não teve por muitos anos desde a morte da irmã."
Mãe, agente de saúde, youtuber, fotógrafa e mãe, Carol Teles afirma que é difícil escrever. Tempo é sempre um problema. "É difícil conciliar tudo, mas dou meu jeitinho. Abro mão de algumas coisas em dias alternados para ter outras. Mas acho que a maior dificuldade de Improváveis não foi o tempo para escrever, mas a articulação dele." Segundo ela, o trabalho de pesquisa necessário para escrever o livro foi o que mais exigiu dela. "Até então só tinha escrito romances, e esse livro tem violência e um pouco de 'Onze Homens e Um segredo'. Para o roteiro, estudei o uso de armas, tipos de ferimentos, naves usadas nas forças aéreas nacionais, e muita leitura sobre cenas de ação para construir as cenas que não tinha costume de escrever."
O livro foi publicado em formato digital. Pagar os custos de impressão ou ir atrás de parcerias com editoras são opções cada vez menos viáveis e mais complicadas. "Se você publica independente, tem que ter verba para mandar imprimir. Se vai atrás de uma editora, a verba tem que ser ainda maior. Infelizmente as editoras nacionais apostam muito mais em livros de fora do que os que são escritos aqui. Ou investem apenas em nacionais de famosos", defende.
Você pode acompanhar o trabalho da Carol visitando seu blog, Instagram ou conhecendo mais dos livros que já publicou clicando aqui. No OMD você confere a opinião da Carol nas resenhas que publicamos regularmente.
Esse texto foi originalmente publicado no site Alagoas Boreal*
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