Era um dia de sol, desses que a gente olha para as árvores e enxerga uma dança. Um balanço que te convida pra perto. Era um dia em que respirar não doía, não pesava, não exigia. Era um dia bonito. Eu lembro da sensação de estar correndo, chutando uma bola. Levantando a poeira do chão de barro batido. A posse da bola era minha e havia dois times atrás. O que eu fazia parte e o adversário. Aquele era o meu momento. Eu tinha nove anos e nas costas algo a provar. Não por querer, mas necessidade. Chutei a bola, mas o goleiro agarrou. Não fiz gol, nem história. Eu lembro do tempo parar, dos gritos cessarem e do professor de educação física rir incrédulo do que tinha acabado de acontecer.
Eu havia perdido ou eu havia conquistado alguma coisa no final das contas?
É normal pensar em desistir. Cogitar deixar para lá, cessar os esforços. Dar um pause naquela música que não sai da sua cabeça, mas de alguma forma não é a trilha sonora para o momento. Por que já passou. Simples assim. É normal desistir. Voltar-se para outros caminhos. Mudar o foco. Sou ruim em muitas, muitas coisas, mas sou bom em outras mil. Sou ruim em tudo que não tentei, não gosto de tudo que nunca provei e me rendo a tudo que me fez feliz. Quando um avião cai levando embora vidas, sonhos e futuros que nunca existirão, ele também leva um pouco de todo mundo que não estava no voo. É uma tragédia, uma catástrofe. Tão ruim quanto não arriscar, não se entregar, não se doar ao jogo.
A vida para quem não embarcou segue. A vida para quem não fez o gol de desempate nos acréscimos do segundo tempo também segue. E segue bem rápida. Tirando jogador de campo e convocando os reservas.
Receio aparentar prepotência por falar tanto da vida como quem já presenciou guerras mundias, publicou livros sobre elas e descobriu curas para lástimas devastadoras, mas eu não consigo não tirar minhas próprias conclusões. Se as aulas de educação física me provaram que eu realmente não nasci para o futebol? Sim. Essas aulas também mostraram um jeito de seguir em frente com os sapatos sujos de lama, os joelhos ralados e uma fama de perna de pau. É tudo um teste, uma tentativa e um item a mais ou a menos na lista. É sobre o que você quer e não quer. Sobre qual time jogar e onde vestir a camisa.
Pois existirão dias de sol, desses que a gente olha para as árvores e enxerga uma dança. Dias em que respirar não vai exigir nada porque você vai estar no caminho certo. No balanço certo dos convites certos. Nem que seja nos 45 do segundo tempo.
TERROR
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Não sou bonitinho mas será que beijo bem? Passo o sabonete. Curso Comunicação Social na Universidade Federal de Alagoas e sou repórter no site Alagoas Boreal. Leitor compulsivo que gosta do novo e do bom. Não consigo ficar quieto.




Significado do verbo Cobiçar: Ter cobiça de. Desejar ardentemente. Ambicionar. Sabe aqueles livros que você se recusa a pegar emprestado? Que você deseja tê-lo na estante? Seu de verdade. Disponível sempre que você quiser olhar, tocar, cheirar (sim!) e lê-lo de novo? Na coluna Cobiçados você confere meus sonhos de consumo literários.
Em "Uma semana com..." você confere uma série de posts especiais com resenhas e curiosidades sobre seus autores favoritos durante uma semana inteira. J.R. Rowling, Harlan Coben, Suzanne Collins e Douglas Adams já venderam milhares de livros e conquistaram fãs por todo o mundo. Aqui no Omd eles já participaram da coluna, confira!
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