Eu lembro como se fosse ontem o dia em que cheguei na escola, época de ensino fundamental ainda, e recebi a notícia de que meu melhor amigo havia sido morto. E não tem sensação mais aterrorizante do que essa: a de você não saber o que fazer. Literalmente. Não é como esquecer o aniversário de alguém querido ou ser assaltado mais uma vez. Não é algo que te deixe sem chão por um tempo e depois passe. É algo que marca você para sempre. Você perdeu. E perder ainda é uma droga. Não há otimismo aqui. Foi uma bala perdida que o levou e até hoje eu imagino como minha vida seria se ele ainda fosse alguém que eu tivesse aqui comigo. É tão assustador parar e pensar no tanto de coisa que poderia ser diferente se alguém sumisse ou nunca tivesse existido em toda a sua caminhada até aqui. Em toda a minha caminhada até esses 22 anos de meu deus.
Isso me veio à cabeça por um trabalho da faculdade. Estou oficialmente de férias e meu último esforço foi apresentar uma criação estética. Fiz um ensaio fotográfico nu com a ajuda de uma amiga e nele criticamos os modernos relacionamentos, esses que nos levam a uma mesa de bar com um mundaréu de gente para nos sentirmos sozinhos. É péssimo estar com alguém que interaja mais com quem está do outro lado da tela do celular do que com você, que está ali, tão perto. Coxa com coxa. Querendo um olho no olho. No registro que produzimos tiramos um casal do caos urbano e os levamos para um paraíso à beira-mar. Lá na praia do Francês, onde eles deveriam perceber a natureza e dividi-la como pessoas que estão livres, os celulares foram a principal atração.
O que eu quero dizer é que ando valorizando as pessoas desde o dia em que perdi uma. Desde a tarde em que eu senti que a gente não é muita coisa além de poeira. Poxa, nem 13 anos eu tinha. No fundo da minha consciência eu sei o quanto já estive com um celular em mãos enquanto conversava com alguém, mas também sei que isso nunca me impediu de estar presente de verdade. De tentar dizer a coisa certa, de ouvir com o coração e guardar o aparelho para dar um abraço. Juro. E eu digo isso porque não tem nada melhor que demonstrar interesse no outro. No que o outro diz e não diz. Sabe aquele silêncio, o segundo que parece não querer ser preenchido com palavra, selfie ou publicação alguma? É uma brecha. Uma desculpa para um abraço e um beijo. Eu adoraria que todas as desculpas fosse assim. Sem arrependimentos embutidos.
Não gosto de lembrar do dia em que pedi desculpa a deus por não ter estado mais presente na vida do meu melhor amigo. Não gosto. Eu não pude me despedir. Se é que existe alguma forma de fazer isso certo. Naquela época a internet não era o que é hoje, mas a força que ela tem agora não substitui absolutamente nada que eu possa fazer sentindo o cheiro. Não gosto de quando falta o tato.
TERROR
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Não sou bonitinho mas será que beijo bem? Passo o sabonete. Curso Comunicação Social na Universidade Federal de Alagoas e sou repórter no site Alagoas Boreal. Leitor compulsivo que gosta do novo e do bom. Não consigo ficar quieto.




Significado do verbo Cobiçar: Ter cobiça de. Desejar ardentemente. Ambicionar. Sabe aqueles livros que você se recusa a pegar emprestado? Que você deseja tê-lo na estante? Seu de verdade. Disponível sempre que você quiser olhar, tocar, cheirar (sim!) e lê-lo de novo? Na coluna Cobiçados você confere meus sonhos de consumo literários.
Em "Uma semana com..." você confere uma série de posts especiais com resenhas e curiosidades sobre seus autores favoritos durante uma semana inteira. J.R. Rowling, Harlan Coben, Suzanne Collins e Douglas Adams já venderam milhares de livros e conquistaram fãs por todo o mundo. Aqui no Omd eles já participaram da coluna, confira!
realmente é triste Felipe! perder quem se ama é doloroso e aflitante, uma angustia diária
ResponderExcluirhttp://felicidadeemlivros.blogspot.com.br/