[Resenha] Incendeia-me - Tahreh Mafi

9 de jul. de 2014
Incendeia-me - Tahreh Mafi
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581634418
Ano: 2014
Páginas: 384
Classificação: 
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UM DIA EU POSSO ROMPER UM DIA EU POSSO R O M P E R E ME LIBERTAR NADA MAIS VAI SER IGUAL O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi a única que restou no caminho d'O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.
Resenha:
Incendeia-me é o tão aguardado desfecho da trilogia escrita por Tahereh Mafi e essa resenha contém muitos spoilers. Me desculpem mas eu realmente preciso me expressar sobre cada detalhe dessa trilogia que acompanhei com tanto carinho e sou fã. Você pode dar uma olhada e deixar seu comentário nas resenhas de Estilhaça-me e Liberta-me se optar por não ler os próximos parágrafos.

Quem leu Liberta-me sem dúvida alguma começou a leitura de Incendeia-me ávido por ação, ávido por uma Juliette forte e decidida, disposta a derrubar o Restabelecimento de uma vez por todas. Uma Juliette focada em destruir o Anderson e vingar-se do sistema que a oprimiu e tirou sua liberdade. Sabe aquela garota assustada e despedaçada de Estilhaça-me? Ela é praticamente morta em Liberta-me, e digo isso mais que metaforicamente. Todo esse vigor que deveria ser convertido em força para lutar é totalmente ofuscado pelo romance presente no livro. O lado distópico é quase deixado de lado e vamos acompanhar pouco mais de 300 páginas onde Juliette tenta convencer ela mesma e os poucos sobreviventes do Ponto Ômega de que Warner não é o monstro que todos pensam.

É complicado explicar o que realmente se passa pela minha cabeça enquanto escrevo esse texto. Sabe aquela sensação de alívio que invade a gente quando determinada coisa acontece como o esperado? Desde o início dessa distopia eu tinha minha torcida definida em relação a com quem Juliette deveria ficar no fim de toda a problemática. E apesar de estar feliz por isso, estou um pouco triste também. Acredito que a forma como a Mafi desconstruiu algo que vinha lá do começo foi o que mais me deixou incomodado. Preparam-se para sentir pena de Adam, ele é simplesmente humilhado, derrotado, posto de lado e não ganha o direito de um final conclusivo ou satisfatório. Eu não consigo acreditar que um personagem tão importante tenha sido desvalorizado dessa forma.

Nossa garota intocável tem um plano em mente. O Restabelecimento bombardeou o Ponto Ômega e matou centenas de pessoas. Anderson simplesmente não se importa. Ele deseja arrancar a individualidade de cada um, ele quer poder. Bem, posso dizer que Mafi optou por resolver toda uma guerra nas últimas trinta páginas do livro e deixou de lado o quesito vingança sangrenta. Admito que são trinta páginas maravilhosas e em alguns aspectos surpreendentes, porém tudo poderia ser maior, grandioso e emocionante se o livro inteiro não tivesse sido focado no romance de Warner e Juliette. Intercalando com pitadas de treinamentos e discussões acaloradas.

Apesar desses pontos fracos que destaquei, a verdade é que sentirei saudades e gostei bastante desse último livro. Torci pelo  Warner desde o início e foi delicioso acompanhar o casal se descobrindo e apaixonando-se de verdade. Entenderemos as motivações desse aparente tirano e compartilharemos de suas dores, Warner será remodelado assim como Adam. Assim como Juliette, que cresce visivelmente e se mostra uma mulher forte e capaz de controlar seus poderes. Seu toque letal. A grande surpresa do livro é Kenji, que ganha um espaço todo especial na narrativa e mostra por que ele é o melhor amigo de nossa protagonista.

Mafi tem um lugar especial na minha estante e mal posso esperar por novas aventuras escritas por ela. Essa trilogia me marcou e será para sempre uma das minhas preferidas, daquelas que sempre recomendarei, sabe?

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